Um homem russo acusado de infectar dezenas de milhares de servidores em todo o mundo para gerar milhões em pagamentos fraudulentos foi preso com uma condenação de 46 meses (quase quatro anos) na prisão federal dos Estados Unidos.
Maxim Senakh, de 41 anos, de Velikii Novgorod, foi preso pela polícia finlandesa em agosto de 2015 por seu papel no desenvolvimento e manutenção no infame botnet Linux chamado Ebury que deu um prejuízo de milhões de dólares para as vítimas em todo o mundo.
Senakh foi extraditado para os Estados Unidos em fevereiro de 2016 para ser julgado e se declarou culpado no final de março deste ano, depois de admitir a criação do botnet Ebury e o lucro através do esquema.
Em 2011, o Ebury nasce como um Trojan de SSH para sistemas operacionais Linux e Unix, como o FreeBSD ou o Solaris. E oferece aos atacantes controle completo de uma máquina infectada remotamente, mesmo que a senha da conta de usuário afetada seja alterada regularmente.
Senakh e seus associados usaram o malware para construir uma rede botnet com o Ebury, afetando milhares de sistemas Linux, e teve a capacidade de enviar mais de 35 milhões de mensagens spam e redirecionar mais de 500 mil visitantes online para exploits todos os dias.
Senakh gerou uma receita de milhões de dólares com as mensagens de spam e os fraudulentos cliques em publicidades.
"Trabalhando dentro de uma enorme empresa criminosa, Maxim Senakh ajudou a criar uma infra-estrutura sofisticada que vitimou milhares de usuários na Internet em todo o mundo", disse o advogado Brooker, dos EUA.
"À medida que a sociedade se torna mais dependente de computadores, cibercriminosos como Senakh representam uma séria ameaça. Juntamente com nossos parceiros da lei, estamos empenhados em detectar e perseguir esses cibercriminosos, independentemente de onde residam".O Ebury começou pela primeira vez em 2011, depois que Donald Ryan Austin, de 27 anos, de El Portal, na Flórida, instalou o Trojan em vários servidores pertencentes ao kernel.org e a Linux Foundation, que mantêm e distribuem o kernel do sistema operacional Linux.
Austin, não tem conexão com a quadrilha criminosa do Ebury, porém foi preso em setembro do ano passado (2016) e foi acusado de 4 crimes de transmissão intencional causando danos a vários computadores.
Senakh podia pegar até 30 anos de prisão, depois de se declarar culpado, já que violou a Lei de Fraude e Abuso de Computadores. No entanto, o juíz condenou Senakh a 46 meses de prisão, anunciou o Ministério da Justiça. O caso foi investigado pelo escritório de campo do Bureau Federal de Investigação em Minneapolis.
Senakh será deportado de volta à Rússia após a sua libertação da prisão dos EUA.
Fonte: TheHackerNews
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